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Mineração tem melhor ano da história em 2021; expectativa é de acomodação em 2022

A indústria brasileira de mineração vai viver em 2021 seu melhor ano na história, batendo recordes de faturamento. O setor foi favorecido pelo altos preços das commodities metálicas, como minério de ferro, cobre, ouro e alumínio e pelo câmbio, pois é um grande exportador.

A expectativa para 2022, no entanto, é de um cenário de acomodação, com preços ajustados a patamares mais baixos em relação aos picos e de demanda sob pressão, principalmente do maior consumidor de commodities do mundo, a China.

Para o minério de ferro, cujos preços chegaram perto de US$ 240 a tonelada em meados de maio, a previsão é de que ficará na faixa de US$ 80 a US$ 90 a tonelada, comenta Wilson Brumer, presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Essas cotações estão em linha com o que estimam analistas e especialistas do mercado de commodities. O fator-chave é o mercado chinês, que passa por freio de arrumação imposto pelo governo central.

Números compilados pelo Ibram mostram faturamento de R$ 257,4 bilhões até o fim do terceiro trimestre. O montante supera de longe o desempenho de todo o ano passado — R$ 209 bilhões. Os dados do quarto trimestre, com o forte recuo do preço do minério de ferro, não devem mostrar o crescimento exuberante de antes, no entanto, ainda deverão ser expressivos.

“Vai ser um bom ano, mesmo com essa mudança de cenário no segundo semestre — o melhor da nossa história”, destaca Brumer.

Segundo ele, não se vê o câmbio arrefecendo dos atuais patamares (R$ 5,60) no curto prazo. E o Brasil tem uma grande geração de divisas com exportação. No ano passado, o saldo da balança do setor foi de US$ 32 bilhões.

“Em 2022 vai voltar uma certa normalidade nos preços das commodities, ainda em níveis considerados bons”, diz o executivo, observando que não se viu o boom das commodities apontado por muitos que aconteceria.

No terceiro trimestre, conforme dados do Ibram, o setor faturou R$ 108,7 bilhões, mais que o dobro do mesmo trimestre de 2020. Sobre o período de abril a junho deste ano (R$ 78,7 bilhões), registrou aumento de 38%.

O valor da tonelada de minério recuou e se encontra em patamares de US$ 100, mas, ao mesmo tempo, houve alta nos preços de cobre, do alumínio/bauxita, do ouro, níquel e zinco. E a demanda se manteve firme no calcário (usado na fabricação de cimento) e outros do setor da construção, como brita e materiais de revestimento (granito). O Brasil é também o maior produtor e exportador de nióbio do mundo.

O minério de ferro responde por dois terços do faturamento do setor mineral brasileiro e gerou exportação de US$ 36,6 bilhões no ano passado. A seguir as maiores participações na receita foram ouro, com 11%, cobre (quase 7%), alumínio/bauxita, mais de 2%, e água mineral (1,6%).

Com um ano tão bom, o pagamento de royalty pelo setor — via CFEM — vai ultrapassar R$ 10 bilhões. Os recursos são arrecadados por municípios, Estados e a União. Os maiores pagadores são os Estados do Pará, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Bahia e São Paulo.

A indústria de mineração no país tem um plano de investimento de US$ 41 bilhões programado para os próximos quatro a cinco ano.

“É um setor que olha no longo prazo”, afirma Brumer.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 07/12/2021

CNI realiza encontro com empresários e integrantes do governo federal

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realiza, na terça-feira (7/12) às 11h, um encontro com um grupo de empresários e integrantes do governo federal no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, DF. Está prevista a participação do Presidente da República, Jair Bolsonaro.

O evento tem como propósito ressaltar a importância da indústria para o crescimento econômico do Brasil e apresentar propostas para a redução do Custo Brasil, com consequente aumento da competitividade do setor produtivo no próximo ano. 

O credenciamento de imprensa será feito pela Presidência da República, até às 07h de terça-feira (07/12), por meio do link: 

https://www.gov.br/planalto/pt-br/credenciamento-de-imprensa/avisos-de-credenciamento/encontro-com-empresarios-da-industria-brasileira

O evento será transmitido, ao vivo, pela EBC e pelas redes do Planalto.

SERVIÇO:

Evento: Encontro com Empresários da Indústria Brasileira
Data: 07/12, terça-feira
Horário: 11h
Local: Centro Internacional de Convenções do Brasil - CICB, Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50, Asa Sul, em Brasília/DF.
Entregas das credenciais: terça-feira (7/12), das 9h15 às 10h15, no local do evento.


Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021

Balança comercial abre dezembro com superávit de US$ 1,07 bilhão

A balança comercial brasileira abriu o mês de dezembro com superávit de US$ 1,07 bilhão, em alta de 191,6% em relação à média diária de dezembro de 2020, elevando para US$ 58,13 bilhões o superávit acumulado do ano.

As exportações na primeira semana do mês cresceram 60,4% e somaram US$ 4,04 bilhões, enquanto as importações subiram 37,9%, chegando a US$ 2,96 bilhões.

A corrente de comércio (soma das exportações e importações) aumentou 50%, alcançando US$ 7 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Com os US$ 58,13 bilhões, o superávit registra alta de 25,4% no acumulado de janeiro até a primeira semana de dezembro, refletindo o crescimento de 35,1% das exportações, que chegaram a US$ 260,06 bilhões, e de 38,2% das importações, que totalizaram US$ 201,93 bilhões. A corrente de comércio atingiu US$ 461,99 bilhões no período, com aumento de 36,5%, em comparação com o resultado de janeiro a dezembro do ano passado.

Exportações no mês

As exportações na primeira semana do mês cresceram nos três setores. A alta foi de 37,1% em Agropecuária, que somou US$ 452 milhões; de 77,4% na Indústria Extrativa, com US$ 1,19 bilhão; e de 57,8% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 2,37 bilhões.

Entre os produtos agropecuários, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de café não torrado (+55,8%), especiarias (+270,8%) e soja (+973,9%).

Para a Indústria Extrativa, contribuíram os aumentos dos valores exportados de minério de ferro e seus concentrados (+32,7%), minérios de cobre e seus concentrados (+238%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+146,8%).

Já a Indústria de Transformação refletiu principalmente o incremento das vendas de farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+202,8%), produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+373%) e outras máquinas e equipamentos especializados para determinadas indústrias e suas partes (+1.015,3%).

Importações por setores e produtos

Do lado das importações, a Secex registrou crescimento de 1,1% em Agropecuária, que somou US$ 55,60 milhões; de 408,2% na Indústria Extrativa, com US$ 337,9 milhões; e de 25,9% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 2,51 bilhões.

Os produtos com maiores crescimentos nas compras externas, nesta primeira semana de dezembro, foram trigo e centeio não moídos (+15,6%), milho não moído, exceto milho doce (+109,6%) e cacau em bruto ou torrado (+37%) na Agropecuária.

Na indústria Extrativa, destaque para outros minérios e concentrados dos metais de base (+427,9%), carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+133%) e gás natural, liquefeito ou não (+1.358,6%).

Já a Indústria de Transformação aumentou as compras de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+138,7%), medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+186,6%) e adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+131,3%).


Fonte: Metrópoles
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021

 

Exportações e importações de serviços por empresas brasileiras podem ser ampliadas

Primeiro resultado concreto das recentes negociações plurilaterais na Organização Mundial do Comércio (OMC), o Acordo para Regulação Doméstica de Serviços quebra um jejum de oito anos de novas regras estabelecidas pela organização e pode contribuir para aumentar exportações e importações de empresas  brasileiras de serviços, na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O tratado é resultado das negociações de acordos plurilaterais, que não dependem do consenso dos membros. O novo acordo conta com 67 países, incluindo o Brasil. Dentre os membros do G-20, apenas África do Sul, Índia e Indonésia não fazem parte do tratado. As negociações foram concluídas na última quinta-feira (02).

- Conheça o B20, o braço empresarial do G20

Levantamento da OMC e da OCDE sugere que a implementação das novas regras pode ter impacto de US$ 150 bilhões anuais no mundo, com destaque para os setores financeiros, de comunicações e de transporte. O Brasil foi, em 2020, o 28º maior país no comércio de serviços, com uma corrente de US$ 75 bilhões no  ano.

“Ao reduzir a burocracia, empresas brasileiras podem ter oportunidades de comprar e vender mais  serviços. Setores industriais mais intensivos em serviços tendem a ser mais inovadores e produtivos, o que  fortalece a indústria. Além disso, o acordo mantém a função negociadora da OMC em curso, crucial para  os interesses comerciais do Brasil”, afirma o gerente de políticas de integração internacional da CNI, Fabrizio Panzini.

Com esse passo, os acordos plurilaterais consolidam-se como uma nova forma de negociação da OMC. Esse marco pode impulsionar a implementação desse modelo na conclusão de acordos em outros temas importantes como subsídios, disputas comerciais e investimentos.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 07/12/2021

MPMG e MPF firmam acordo com ArcelorMittal para aprimoramento de medidas de segurança e garantia de abastecimento hídrico em Itatiaiuçu

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público Federal (MPF) firmaram, em atuação conjunta, Termo de Ajustamento de Conduta com a empresa ArcelorMittal Brasil S.A., acerca do empreendimento minerário situado no município de Itatiaiuçu, na região central do estado. O compromisso, que faz menção a documento anteriormente assinado entre as partes, busca estabelecer, de forma definitiva, prazos para a adoção de medidas relacionadas à descaracterização da Barragem Serra Azul, incluindo a conclusão da estrutura de contenção à jusante (ECJ), a qual tem a finalidade de reduzir impactos abaixo da barragem em caso de eventual rompimento. 

Além disso, foram estabelecidas obrigações voltadas à reparação ambiental de eventuais áreas degradadas durante o processo de descaracterização da barragem de rejeitos de Serra Azul e à segurança hídrica da população, garantindo resiliência no abastecimento de água às pessoas em caso de eventual rompimento, incluindo medidas em prol da Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio Manso. 

Pelo MPMG, atuaram a Promotoria de Justiça de Meio Ambiente da Comarca de Itaúna, a Coordenadoria de Meio Ambiente e Mineração (CEMA) e a Coordenadoria Regional das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Alto do Rio São Francisco, enquanto que, pelo MPF, atuou a Procuradoria da República com sede em Divinópolis.

Fonte: MPMG
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 07/12/2021

 

Queda nas exportações foi a maior desde 2014

As exportações de veículos em novembro caíram 6% em novembro na comparação com outubro, apontou o balanço da Anfavea divulgado na segunda-feira (6). Foram embarcadas no período 28 mil unidades, o pior resultado para o mês desde novembro de 2014.

No acumulado do ano, no entanto, o desempenho das exportações segue positivo. O levantamento da Anfavea mostrou que foram exportadas no janeiro-novembro 334,8 mil unidades, alta de 17% sobre o volume embarcado pelas montadoras em igual período no ano passado.

Do total exportado no acumulado do ano 310 mil unidades correspondem aos modelos leves, dentre automóveis e comerciais leves, alta de 15%. As exportações de caminhões somaram 20,7 mil unidades, alta de 80%. Já os embarques de ônibus somaram 3,6 mil unidades, 0,5% a mais.

De acordo com Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, os principais destinos das exportações de veículos produzidos no Brasil foram, em volume, Chile e Colômbia.

As exportações somaram, até novembro, US$ 6,8 bilhões aos caixas das montadoras, alta de 41,3% ante o volume faturado em igual período em 2020. Apenas em novembro, os recursos gerados pelas exportações chegaram a US$ 648 milhões.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 07/12/2021