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Lei de emissões pode atrasar chegada de carros ao mercado

A nova etapa do programa de controle de emissões de poluentes para veículos leves, o Proconve L7, que entra em vigor a partir de 1º de janeiro próximo, pode atrasar em alguns meses a chegada ao mercado de modelos preparados para atender aos limites da legislação. Isso porque, segundo a associação dos fabricantes, a Anfavea, não houve tempo para desenvolver e homologar todos os carros segundo as novas normas, o que poderá levar algumas montadoras a retirar temporariamente de seu catálogo alguns desses veículos até terminar o processo de homologação. 

A informação foi confirmada na segunda-feira, 6, pelo presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Segundo ele, alguns modelos ainda podem demorar até o meio de 2022 para serem adaptados e homologados às novas tecnologias de controle de emissões.

A entidade vinha alertando que em 2020 a pandemia paralisou não só as linhas de produção, mas também os departamentos de engenharia, que precisaram interromper o desenvolvimento de produtos para atender aos limites de emissões das novas fases do Proconve, tanto da L7 para veículos leves como da P8 para caminhões e ônibus a diesel, que entra em vigor a partir de janeiro de 2023. 

Como a pandemia atrasou todos os processos, alguns fabricantes não vão conseguir terminar tudo até o fim deste ano, como seria necessário. Desde o segundo semestre de 2020 e durante todo 2021 a Anfavea tentou convencer o governo a adiar as novas etapas do Proconve em um a dois anos, mas o Ministério do Meio Ambiente não aceitou o pleito. Com isso, os carros L6 só podem ser produzidos até o fim deste mês e vendidos como estoque de passagem até 31 de março de 2022. Modelos ainda não adaptados ao L7 terão de sair do mercado, para sempre ou temporariamente até a implementação da nova tecnologia de controle de emissões. 

Mais tempo para completar a produção de modelos L6 inacabados

A falta de componentes eletrônicos (semicondutores) vivenciada pela indústria este ano adicionou um novo problema ao prazo já apertado para homologar e produzir modelos L7. Existem alguns milhares de carros L6 inacabados nos pátios das montadoras à espera de peças que podem não ficar prontos até o fim de dezembro – somente a Volkswagen teria mais de 3 mil unidades nessa situação, segundo fontes informaram a Automotive Business.

As montadoras correm contra o tempo para terminar e registrar a produção desses carros L6 antes do fim de dezembro, para que eles possam ser incluídos no estoque de passagem, com venda permitida até 31 de março. A Anfavea confirma que solicitou ao governo um prazo extra para que os veículos à espera de peças possam ser finalizados em janeiro, mas segundo Moraes ainda não há resposta sobre o pleito, que vem sendo negociado pela entidade há pelo menos três meses. 

Caso a extensão do prazo de produção para veículos inacabados L6 não seja concedido, as montadoras correm o risco de perder esses estoques. Por isso, enquanto a resposta do governo não vem, estão acelerando a produção o quanto for possível – novembro registrou o maior volume produzido em 2021, com 206 mil unidades fabricadas.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 07/12/2021

Mudança para carro elétrico ameaça 500 mil empregos na Europa, dizem fabricantes

Os planos da União Europeia (UE) de proibir os veículos movidos a combustão interna até 2035 colocam em risco meio milhão de empregos, segundo afirmam fornecedores europeus de autopeças, no mais recente de uma série de duras advertências sobre os custos da rápida transição para uma tecnologia livre de emissões.

Mais de dois terços dessas 501 mil funções desapareceriam nos cinco anos anteriores a essa data, segundo uma pesquisa feita entre quase 100 companhias da Associação Europeia de Fornecedores Automotivos (Clepa), tornando difícil amenizar os “impactos sociais e econômicos” causados pelo desemprego em massa.

Mas a pesquisa feita pela PwC também constatou que 226 mil novos empregos serão criados na fabricação de peças elétricas, reduzindo o número líquido da perda de empregos para aproximadamente 275 mil nas próximas duas décadas.

Este ano, a Comissão Europeia anunciou sua intenção de eliminar 100% das emissões de CO2 dos novos automóveis até 2035. A política efetivamente proíbe a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis depois dessa data.

Embora a comissão não tenha ordenado que esses veículos sejam substituídos por outros movidos a bateria, montadoras como a Volkswagen (VW), a maior do continente, descartaram outras tecnologias como o hidrogênio.

A Clepa, que representa mais de 3.000 fornecedores automotivos, há muito afirma que o uso de tecnologias provisórias amorteceria o golpe da transição para um transporte mais limpo.

“As necessidades da sociedade são muito mais diversificadas do que uma abordagem única”, disse a secretária-geral da organização, Sigrid de Vries. “O uso de tecnologias híbridas, hidrogênio verde e combustíveis sustentáveis renováveis possibilitará a inovação na medida em que formos redefinindo a mobilidade nas próximas décadas.”

Transição problemática

Carlos Tavares, presidente executivo da Stellantis, disse, em um seminário da “Reuters” na última quarta-feira (1º) que a velocidade da transição para os carros elétricos está “colocando o setor no limite”, acrescentando que os custos do desenvolvimento de novas tecnologias poderão levar a uma grande perda de empregos.

Seu alerta segue-se a uma afirmação parecida do maior fornecedor de autopeças de capital aberto da Alemanha, a Continental, que alertou que a “harmonia social será ameaçada” se as políticas climáticas não forem acompanhadas de programas para a criação de novas oportunidades de emprego para aqueles que trabalham nas indústrias que dependem dos combustíveis fósseis.

“Podemos transformar, mas não podemos ter nenhuma descontinuidade”, disse Ariane Reinhart, membro do conselho de relações humanas e sustentabilidade da companhia sediada em Hanover.

“Criar as condições necessárias para a proteção climática significa não só acelerar a transformação, mas também evitar o desemprego em grande escala”, acrescentou ela.

No ano passado, um relatório sancionado pelo governo alertou que, aproximadamente, 400 mil empregos poderão ser perdidos na Alemanha por causa da transição para os veículos elétricos. Mas Herbert Diess, presidente executivo da VW, disse que esses cenários apocalípticos “provavelmente estão sendo um pouco exagerados”.

“Muita coisa dos carros continua igual. Eles ainda têm bancos, pintura, carroceria, interiores, rodas, eixos. Para alguns, se você trabalha em sistemas de injeção de combustível ou caixas de câmbio, provavelmente será uma transição maior. Eu diria que para 70% a 80% da indústria de autopeças não haverá transição.”

Fonte: Financial Times
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 07/12/2021

Preço do aço dispara com alta das commodities

A indústria siderúrgica brasileira espera elevar sua produção, no próximo ano, em 2,2% com 36.8 milhões de toneladas. O Instituto Aço Brasil revisou suas expectativas para 2021 com o crescimento de 14,7%.

Fonte: Joven Pan News Youtube
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 06/12/2021

Consumo aparente de aço deve fechar 2021 com crescimento de 24%

O Instituto Aço Brasil projeta crescimento de 24,3% no consumo aparente em 2021, totalizando 26,7 milhões de toneladas. Este crescimento deve-se à retomada do mercado interno após a crise de demanda provocada pela pandemia de Covid-19 no ano passado. A expectativa é de que a produção de aço bruto cresça 14,7% neste ano (36 milhões de toneladas) e as vendas internas aumentem 17% ( 22,8 milhões de toneladas) em relação a 2020.

O Aço Brasil frisa que o mercado interno encontra-se plenamente abastecido e que os preços das commodities – que pressionaram os preços dos produtos siderúrgicos ao longo de 2020 e em parte de 2021 – vêm se estabilizando e até mesmo decrescendo para alguns insumos.

Com relação a 2022, o Instituto prevê que a produção brasileira de aço bruto terá crescimento de 2,2%, alcançando 36,8 milhões de toneladas. As vendas internas devem aumentar 2,5% na comparação com este ano, chegando a 23,3 milhões de toneladas, enquanto o consumo aparente deve crescer 1,5%, atingindo 27 milhões de toneladas.

Apesar de as empresas siderúrgicas estarem produzindo para atender integralmente a demanda dos seus segmentos consumidores no mercado doméstico, o grau de utilização da capacidade instalada do setor ainda é muito baixa, em torno de 70%. O aumento da produção de aço para atender a retomada das exportações permitiria reduzir a ociosidade hoje existente, elevando o grau de utilização da capacidade instalada do setor para níveis mais próximos ou acima de 80%, considerado mundialmente como o mais adequado para operação das empresas.

Entretanto, para viabilizar as exportações, em um cenário internacional de guerra de mercado, é necessário recompor a competitividade dos setores exportadores, como a indústria do aço, por meio do retorno do mecanismo do Reintegra que ressarce, parcialmente, os resíduos tributários embutidos nas exportações. O Reintegra, destaca o Aço Brasil, não é incentivo ou benefício e sim um mecanismo para evitar a taxação das exportações dos produtos brasileiros, conforme preconizado na Constituição Brasileira.

Nos últimos anos, houve crescente estabelecimento de medidas protecionistas por vários países e, agora, aparentemente, surgem sinais de alguma flexibilização nas restrições às importações de aço, como é o caso das negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia. Neste contexto, a indústria do aço brasileira tem a expectativa de que se reestabeleçam as negociações com o governo americano para revisão do sistema de quotas imposto aos produtos siderúrgicos brasileiros no âmbito da Seção 232, vigente desde 2018.
Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 06/12/2021

MS: Queda do poder de compra preocupa construção civil

Apesar de o setor da construção civil e imobiliário continuarem aquecidos em Mato Grosso do Sul, o baixo poder de compra do consumidor tem preocupado representantes do mercado. 

Além do aumento dos materiais para construção, com a inflação a acelerada  a população perde a capacidade de comprar.

De acordo com o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), Diego Canzi Dalastra, essa questão tem preocupado pois não se sabe, também, como estará o poder de compra ao final da obra, quando terá o custo final.

“O  setor da construção civil continua aquecido. O problema é que o mercado ainda não conseguiu passar completamente o aumento dos materiais." 

"A preocupação está justamente aí, quando repassar o aumento total dos materiais, o valor da parcela dos financiamentos imobiliários, consequentemente, vai subir por conta do valor do imóvel que sobe e aí ele não cabe dentro do poder de compra do consumidor”, destaca Dalastra.

“O cenário hoje é preocupante, é um alerta porque a gente  não sabe como isso vai se comportar, como a nossa cadeia produtiva é uma cadeia longa, eu inicio uma obra hoje, com expectativa de ela ficar pronta daqui 6, 10, 12 meses."

"Então, eu só tenho meu custo final daqui a alguns meses. E aí que eu vou precisar ter o recurso financeiro lá na frente”, acrescenta.

Paralelo a isso, o presidente da Acomasul lembra que os materiais continuam em falta, com prazo de entrega prolongado, além dos materiais de construção e os juros imobiliários terem tido majoração.
Fonte: Cenário MT
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 06/12/2021

Minério de ferro sobe com perspectiva de flexibilização da política monetária chinesa

Os contratos futuros do minério de ferro em Dalian e Cingapura subiram nesta segunda-feira, na esperança de que uma flexibilização da política monetária na China possa conter os riscos de queda enfrentados pela maior produtora e consumidora de aço do mundo, mas os ganhos foram limitados por temores de controle da produção de aço.

O sentimento geral permaneceu otimista depois que o primeiro-ministro Li Keqianga disse na sexta-feira, segundo a mídia estatal, que a China cortará as taxas de depósito compulsório dos bancos.

No entanto, um alerta de poluição na principal cidade siderúrgica do país, Tangshan, o que significa cortes de produção no setor industrial, incluindo aço e coque, e preocupações com as dívidas das incorporadoras imobiliárias chinesas diminuíram o otimismo dos investidores.

O minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em alta de 1,6%, a 615,50 iuanes (96,58 dólares) a tonelada, após disparar 4,2% no início da sessão.

O contrato de janeiro do ingrediente siderúrgico na Bolsa de Valores de Cingapura subia 3%, para 104,65 dólares a tonelada, às 8h07 (horário de Brasília).

"Embora esperemos que a produção de aço e a demanda de minério de ferro chinesas contraiam em 2022, a perspectiva de flexibilizar a política monetária e as 'três linhas vermelhas' da China devem suavizar a desaceleração", disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities em Cingapura.

Os reguladores chineses introduziram requisitos financeiros que os desenvolvedores devem cumprir para obter novos empréstimos bancários, que foram apelidados de "as três linhas vermelhas".

O minério de ferro spot da China foi negociado a 104,50 dólares a tonelada na segunda-feira, estável, com base nos dados da consultoria SteelHome.

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 0,7%, enquanto a bobina a quente caiu 0,2%.

O carvão metalúrgico avançou 1,3% e o coque subiu 3,1%.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 06/12/2021